O inventor do Power Point deve vibrar no túmulo ao ver que seu programa ganha cada vez mais utilidades. Serve para relatórios, pesquisas, estratégias, álbum de fotos e o que mais imaginar.
Fizemos do PPT uma forma final para qualquer trabalho. Fazemos dele o ponto de partida e a linha de chegada. Pra tudo ele tem que existir. Não importa a área, o cargo, o projeto. Tudo vira um punhado de slides.
É a PPTfilia. Um tipo de fetiche que impossibilita as pessoas de pensarem em outras formas ou de trabalharem em outras plataformas. Nada de papel, nada de Word.
Até parece que pensamentos e estratégias surgem em blocos. Até parece que algum produto intelectual surge em capítulos, com uma agenda pré-definida e tópicos organizados.
Até parece que alguém realmente otimiza o tempo trabalhando desse jeito.
Power Point é ótimo e faz muitos milagres, mas não deve ser encarado como plataforma de desenvolvimento. Não foi feito pra isso, não é bom pra isso.
Power Point é reprodução na sua essência. Só reprodução e nem sempre a melhor forma dela.
Reprodução de algo que deve ser pensando antes.
Leandro Thot
