terça-feira, 29 de abril de 2008

O Menestrel

Essa mensagem não poderia faltar!
Linda demais!
Só o autor já diz muito!

O Menestrel

Um dia você aprende que...

Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se,
e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima
se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que você pode fazer coisas em um instante,
das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você é na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos
se compreendemos que os amigos mudam,
percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida
são tomadas de você muito depressa,
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,
mas com o melhor que você mesmo pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser,
e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo,
mas se você não sabe para onde está indo,
qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão,
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute
quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência
que se teve e o que você aprendeu com elas
do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,
mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer
que ame, não significa que esse alguém não o ama,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,
algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga,
você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto,plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar...
que realmente é forte, e que pode ir muito mais
longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor
e que você tem valor diante da vida!

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem
que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Galinha

Achei bem interessante essa fábula, fala muito do que temos encontrado no mercado de trabalho hoje em dia, e ajuda a acordamos para o futuro!
Vamos ampliar nossos horizontes!

A Galinha

Numa granja, uma galinha se destacava entre todas as outras por seu espírito de aventura e ousadia. Não tinha limites e andava por onde queria.
O dono, porém, estava aborrecido com ela. Suas atitudes estavam contagiando as outras, que já a estavam copiando.
Um dia o dono fincou um bambu no meio do campo, e amarrou a galinha a ele, com um barbante de dois metros. O mundo tão amplo que a ave tinha foi reduzido a exatamente onde o fio lhe permitia chegar.
Ali, ciscando, comendo, dormindo, estabeleceu sua vida. De tanto andar nesse círculo, a grama dali foi desaparecendo. Era interessante ver delineado um círculo perfeito em volta dela. Do lado de fora, onde a galinha não podia chegar, a grama verde, do lado de dentro, só terra.
Depois de um tempo, o dono se compadeceu da ave, pois ela, tão inquieta e audaciosa, era agora uma apática figura. Então a soltou.
Agora estava livre! Mas, estranhamente, a galinha não ultrapassava o círculo que ela própria havia feito. Só ciscava dentro do seu limite imaginário. Olhava para o lado de fora, mas não tinha coragem suficiente para se aventurar a ir até lá. E assim foi até o seu fim.

MORAL DA HISTÓRIA -Nascemos tendo nossos horizontes como limites, mas as pressões do dia-a-dia fazem com que aos poucos nossos pés fiquem presos a um chão chamado rotina. Há pessoas que enfrentam crises violentas em suas vidas, sem a coragem de tentar algo novo que seja capaz de tirá-las daquela situação. Admiram os que têm a ousadia de recomeçar, porém, elas próprias buscam algum culpado e vão ficando dentro do seu "círculo".

O RECADO - O mercado sempre coroa com reconhecimento àqueles que inovam, criam, chamam a atenção.
O segredo do sucesso está na criatividade. Criar é pôr em prática algo que não existe. É correr o risco. Isto é fato, mas como se poderá saber o final da história se não se caminha até o fim?

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Tênis x Frescobol

Estou estudando uma matéria na faculdade que se chama Comunicação e Relações Interpessoais. Achei muito interessante o texto que o meu professor Marcos Fabrício utilizou em uma de suas aulas e gostaria de compartilhar com vocês.
Segue abaixo o texto e logo depois coloco uma pequena cituação em que mudei de "esportes".

Tênis x Frescobol

Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: ‘Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?\’ Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.’
Sherazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O império dos sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ‘Eu te amo, eu te amo…’ Barthes advertia: ‘Passada a primeira confissão, ‘eu te amo\’ não quer dizer mais nada.’ É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: ‘Erótica é a alma.’
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir… E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos…
A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá…
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre este jogo de tênis:‘Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: ‘Não se faça mais estúpido do que é, meu amigo\’. A galeria torce e sorri pouco à vontade. Ele cora, aproxima-se dela, beija-lhe a mão suspirando: ‘Tens razão, minha querida\’. A situação está salva e o ódio vai aumentando.’
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão… O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor… Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…

Rubem Alves

Diversas vezes entrei em grandes discussões com meu pai sobre o tão polêmico assunto RELIGIÃO. Sou cristã, e apesar do meu pai também acreditar em Deus assim como eu, ele sempre me julgou pelo preconceito dele para com os evangélicos.
Depois de tanto discutir, resolvi então mudar de atitude e aderir ao método do Frescobol.
Parei de discutir com ele (mesmo porque nem um de nós vai sair ganhando).
Hoje prefiro convencê-lo de que minhas idéias com atitude, respeito e exemplo.
Quero que ele veja em mim uma cristã que ama á Deus sobre todas as coisas e uma filha que também o ama e respeita.