quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Não dá para irmos indefinidamente bem em um país que vai mal

TEDxSP 2009 - Fábio Barbosa

Alguns excertos do texto falado:
(…)
O que você faz no dia a dia está agregando valor?
Você está fazendo algo que de fato está de alguma maneira construindo para termos um país melhor?
(…)
Importa, sim, como você constrói o seu resultado. Você agregará valor.
(…)
(Um bom exemplo foi) uma empresa de pesca de camarão predatória.
“A gente deve trabalhar com isso ou não?” Eu não entendo nada disso, mas imagino que ao se fazer alguma coisa predatória, com o passar do tempo, não poderá mais fazê-lo.
Então, como é que eu vou emprestar dinheiro para essa empresa?
“Vamos colocar a empresa para fora?” Não. E se fôssemos lá conversar?
E fomos lá conversar. E no fim financiamos um oceanógrafo. Eu não entendo nada desse assunto, mas ele entendia para ver como é que você poderia fazer uma coisa diferente e que fosse sustentável, no sentido de que ela pudesse continuar aquela pesca por um período muito grande.
E conseguiu fazer isso. E todos saíram ganhando.
A empresa, porque vai ter uma perspectiva de negócio muito melhor, o banco, porque fez uma operação com a empresa, e quem gosta de camarão porque vai poder comer camarão por mais tempo, porque foi mudada totalmente a maneira de se trabalhar.
(…)
Tudo o que você faz deve ser visto como parte da construção de uma visão maior, de uma imagem, de um trabalho, de um impacto que você causa.
(…)
Desculpem-me aqui… um “CDF” nada mais é do que trazer para baixo quem tá lá em cima. Para ver se deixa todo mundo medíocre e “vamo-que-vamo”.
(…)
Tem um filósofo americano, Ralph Emerson, que fala:
“Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz.”
(..)
Está nas nossas mãos.
O país precisa sim de reforma de: previdência, trabalhista, fiscal, tributária…
Mas a mais importante é a reforma de valores. E reforma de valores não é o governo que faz.
Somos nós no dia a dia, na nossa atitude diante de um problema, diante de uma dificuldade, diante de uma multa de trânsito, diante de uma multa de um fiscal.
Como é que você reage aquilo? O que você faz? O que você dá como exemplo?
(…)
Mas eu acho que essa ideia de que a sociedade em que nós vivemos não é indissociável de nós.
Ela é sim a somatória do que cada um de nós fazemos no dia a dia. Sociedade não existe: ela é simplesmente a somatória do que eu faço, do que ela faz, do que ele faz…
Cada um faz uma coisa, e a somatória disso dá a sociedade que somos no Brasil.
(…)
A gente continua votando, continua pagando imposto. Mas como se fosse uma coisa distinta, nos colocamos confortavelmente na posição de “fica aqui” com uma série de pequenos delitos, e criticando os que estão lá como se fossem coisas dissociadas.
(…)
… frase de Ghandi…
Nós temos que ser a mudança que queremos ver no mundo.

Pensamentos interessantes...











terça-feira, 21 de setembro de 2010

Isso sim é propaganda de cerveja

Anúncios vintage de produtos modernos

O Design Vintage é visto como antigo, mas alguns designers pensaram diferente e fizeram anúncios de produtos modernos, como Facebook e Nintendo Wii e outros.





















segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Quer fazer parte da equipe Google?


São mais de 1000 vagas abertas no momento, mas não pense que é fácil garantir uma delas! Conheça todo o processo.

O processo de seleção da Google foi criado para contratar os profissionais mais talentosos, criativos e articulados do mercado. A cultura da Google é diferente e isso dá para perceber no momento em que se pisa no escritório da empresa. Existe muito mistério e informações erradas a respeito do processo de contratação, por isso que Don Dodge, Developer Advocate da empresa, resolveu dar a sua perspectiva de como as coisas funcionam por ali.

O império Google recebe mais de 1 milhão de currículos e contrata de 1 a 4 mil novos funcionários todos os anos, dependendo das condições da economia. A realidade nos números é uma só: menos de 1% das pessoas são contratadas. O que se pode fazer? Torcer para que este império cresça ainda mais e possa aumentar o número de vagas o quanto antes.

Como funciona o processo de seleção?
As vagas disponíveis podem ser vistas aqui, basta achar um trabalho que se encaixe com o seu perfil e mandar seu currículo. Todos os dados recebidos online serão avaliados.

Para entender melhor como funciona o recrutamento e tudo o que você deve esperar dele, confira o vídeo abaixo e leia tudo com atenção.

O começo de tudo

No primeiro passo do recrutamento, deve-se colocar todas as informações pedidas, como escolaridade, experiência, cursos e qualquer coisa que faça a Google ter certeza de que o candidato se encaixa no perfil. Caso ele não seja um funcionário em potencial para a vaga, receberá um educado recado avisando que não foi desta vez. O bom é que o currículo vai continuar no banco de dados da empresa e assim que surgir algo com a cara do candidato, eles irão chamá-lo para uma vídeo-conferência. Isso não é conversa mole, a Google realmente procura currículos já cadastrados.

Etapa seguinte: a vídeo-conferência

Se o currículo for selecionado, uma pessoa vai entrar em contato para explicar todo o processo. O recrutador pode perguntar sobre notas mesmo que o candidato tenha se graduado, ou pós-graduado, há 20 anos. A vídeo-conferência é feita por um colaborador da Google que tenha o cargo parecido com o pretendido e normalmente dura 30 minutos. O objetivo da entrevista é descobrir as habilidades técnicas, experiências anteriores e motivação do entrevistado.

A segunda entrevista

A segunda entrevista é feita com quatro a cinco pessoas e, pasmem, cada uma delas tem cerca de 45 minutos de conversa com o entrevistado. O bate-papo inclui o gerente e outros funcionários do departamento da vaga pretendida. Eles vão fundo nas habilidades e conhecimento do candidato, e se a posição for para uma vaga técnica, pedem para que o candidato resolva alguns problemas em tempo real. Já se a vaga for para Marketing ou Relações Públicas, há a possibilidade de ter que escrever textos ou achar soluções para assuntos delicados envolvendo a imprensa. Essa parte pode ser bastante tensa para uma pessoa despreparada, portanto, trate de ficar em forma antes da entrevista. O ideal é se divertir com os testes proporcionados e não perder o rebolado.

Próxima fase: o feedback

Todas as entrevistas geram um feedback com números e rankings. O próprio recrutador faz a avaliação e compara a performance do entrevistado com a dos outros candidatos para a vaga, ou vagas similares. A Google geralmente faz uma busca dos currículos dos pretendentes e funcionários e os compara, além de pedir a opinião dos colaboradores envolvidos no recrutamento. Se há um consenso entre todos, eles passam a pessoa para o comitê de contratação, que irá avaliar se vale a pena fazer uma oferta de trabalho.

Hora da verdade: o comitê de contratação

Existem comitês para todas as vagas mais importantes da empresa. Eles são formados por gerentes seniores, diretores e funcionários bastante experientes, que avaliam todos os potenciais colaboradores, revisam cada parte do formulário de feedback e analisam o currículo e experiências do candidato. Caso todos, eu disse, todos, concordarem em fazer a oferta, o felizardo segue para a próxima fase.

Análise do alto escalão

As pessoas com o mais alto cargo do departamento fazem uma nova análise da oferta. Se a revisão do executivo for favorável, o candidato vai para o aguardado comitê de remuneração.

Mais um comitê

Como é de se esperar, este comitê é quem determina qual será a remuneração adequada para o novo funcionário. Eles analisam todas as propostas já feitas pela Google, assim como os salários de outras empresas, para poder ter uma ideia do que seria justo.

A última revisão

Pode parecer brincadeira, mas é verdade. O principal executivo do Google analisa todas as ofertas da empresa antes de serem fechadas.

Finalmente, a remuneração!

O recrutador entra em contato com o candidato para lhe fazer a oferta e explicar todos os detalhes. Os benefícios da Google são completos e porque não dizer, generosos. A Google quer que o funcionário seja feliz, motivado e totalmente focado em seu trabalho, isso significa que todas as remunerações são altas e fogem dos padrões.

Mas, porque é assim?

A Google leva muito a sério as contratações, como deu para perceber. Apesar do processo ser um pouco lento e burocrático, Don garante que a empresa se esforça para que, durante o processo de contratação, os candidatos sejam informados de tudo o que está acontecendo.

Para manter essa fórmula mágica de contratações "perfeitas", quase todos os funcionários da Google já recrutaram, entrevistaram ou contrataram, pois isso faz parte de suas responsabilidades. Além de ser parte do trabalho, é medido. Os colaboradores recebem bônus cada vez que indicam um candidato que é aprovado. A maioria faz diversas entrevistas no mês e é obrigada a fazer um feedback por escrito.

Todos são orientados em como fazer entrevistas e como opinar de maneira mais esclarecedora. Fora isso, o sistema mantém o controle de todas as entrevistas, feedbacks e avaliações do candidato, e são analisadas pelo comitê de contratação. Isso mesmo, os feedbacks sobre candidatos geram feedbacks para os funcionários.

Claro que ao longo do tempo eles conseguem identificar quem são as pessoas mais indicadas para fazer as entrevistas, mas tudo isso deixa ainda mais claro como a contratação de novos funcionários é importante para a Google.

Existem muitas vagas abertas na Google e podem permanecer assim por um bom tempo. A empresa prefere deixar espaços do que contratar funcionários que não sejam perfeitos para eles. Os comitês de contratação jamais poderão escolher alguém rapidamente só porque o gerente do departamento está com pressa.

Tudo no Google é diferente, inclusive a definição de metas e objetivos. Lá eles estabelecem metas e medem o progresso a cada trimestre, e mesmo quando não alcançam os objetivos, os resultados ainda assim são impressionantes para o mercado. Para eles, atingir 60% do impossível é melhor do que 100% do normal, e é por isso que conseguir entrar nessa equipe de vencedores é difícil. No final das contas o grande segredo da Google é o seu povo.

Para tirar uma casquinha e saber como é fazer parte dessa equipe, confira o vídeo abaixo e, se rolou interesse, corra pro site da Google e cadastre seu currículo. Boa sorte!

Fonte: http://tinyurl.com/2daoq5e

Black Eyed Peas recruta 'roadie 2.0' para shows no Brasil


The Black Eyed Peas tocará em nove cidades brasileiras a partir de outubro Com tantos shows internacionais neste segundo semestre, não seria nada mal se fosse possível entrar em algum deles de graça, não é mesmo? Se depender do The Black Eyed Peas, um sortudo vai conseguir não só ver três shows na faixa como terá acesso ao backstage e convite para festas depois das apresentações com a presença de vários VIPs.
O grupo, que se apresenta por aqui em nove cidades entre outubro e novembro, está recrutando um "rodie 2.0". Não estranhe o nome, eles não querem um técnico de som e sim alguém para curtir a "balada" e contar para todo mundo como foi por meio de redes sociais. Os requisitos básicos para preencher a vaga são: ter capacidade de mobilização e de improvisação.
Os interessados deverão fazer um mini-cadastro com nome e endereço eletrônico no site http://www.beproadie.com.br/

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Burj Dubai Lake Fountain


Entre as maravilhas que humanos podem edificar com muito dinheiro, a Burj Dubai Lake Fountain, a maior fonte luminosa do mundo localizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é um espetáculo que encanta quem visita pessoalmente ou virtualmente por vídeos como este acima. Inaugurada em 2009, possui um milhão e quinhentas mil luzes sincronizadas com a música. Seus jatos ultrapassam 500 metros de altura projetando mais de 80 mil litros de água em cada exibição e podem ser vistos a 300 km de distância. Custou a bagatela de US 218 milhões e fica no maior arquipélago artificial entre o Dubai Mall (maior shopping) e a Burj Tower, que é a maior torre, ou maior edifício, como queiram. A fonte funciona todos os dias a partir das 6 da tarde e cada vez com show diferente, com duração de 3 a 6 minutos. Neste, as águas iluminadas dançam ao som de "Time to Say Goodbye" é entoada em dueto por Andrea Bocelli e Sarah Brightman.

Como adaptar a gestão para a Geração Y?

Aproveitar ao máximo as qualidades desses jovens e trabalhar a favor da coexistência das diferentes gerações é o melhor caminho, afirma sócia-diretora da NextView People

Você já experimentou fazer uma pesquisa no Google sobre a Geração Y? Sou usuária assídua desta ferramenta e também extremamente curiosa sobre como as pessoas enxergam os jovens, portanto já fiz esta pesquisa algumas vezes, para não dizer muitas, e confesso que a cada dia fico mais impressionada com a quantidade e variedade de artigos sobre o tema.

O termo Geração Y apareceu pela primeira vez nos Estados Unidos no início dos anos 90. Desde então, o assunto tem sido discutido no mundo empresarial e, por consequência, nos diferentes meios de comunicação. Grande parte do conteúdo já publicado tem como objetivo caracterizar os jovens pertencentes a esta geração, abordando seus interesses, valores, desejos e o que devemos esperar deles enquanto profissionais. Este também era o objetivo da maioria das empresas que entravam em
contato conosco há alguns anos. Queriam que conversássemos com seus gestores e líderes sobre os jovens da Geração Y, para ajudá-los a entender sobre seus hábitos e valores tão peculiares.

Com o tempo – e com a ajuda de diferentes mídias e do Google –, as empresas passaram a conhecer o termo Geração Y e as principais características dos jovens pertencentes a ela, mas por algum motivo haviam construído uma imagem pessimista sobre eles enquanto profissionais. No inicio, fiquei intrigada. Não que estes jovens sejam
perfeitos (afinal ninguém é, certo?), mas também não eram o anúncio do fim dos tempos. O que fazia com que fossem vistos apenas pelo viés de seus gaps?

A resposta era mais simples do que imaginava: quando temos uma situação nova (quem são os jovens da Geração Y?) tentamos aproximá-la de situações já conhecidas, sejam iguais ou semelhantes (o que sabemos dos profissionais das outras gerações?) para identificar as melhores ferramentas para lidar com ela. Na prática, comparamos os jovens da Geração Y com as gerações anteriores e descobrimos tudo o que eles não
eram: não eram comprometidos como eram os Veteranos, não eram engajados como os Baby Boomers, não eram flexíveis como a Geração X.

Realmente não eram (e não são) iguais, mas isto não é necessariamente um problema! Nosso recente trabalho dentro das empresas tem sido orientá-las a entenderem estes jovens a partir do que eles são: inteligentes, multimídias, prezam a transparência, acreditam nas ferramentas colaborativas, compartilham ideias e informações, entendem
que o bom produto é aquele que possibilita uma boa experiência, desejam crescer rapidamente, querem dar resultados, querem aprender, gostam de feedback mas não sabem como usá-lo, aceitam desafios e não têm medo de ousar.

Estamos ajudando gestores e líderes a entenderem como podem aproveitar ao máximo cada uma dessas características a favor da empresa e dos negócios, como potencializar aquilo que precisam e como desenvolver aquilo que ainda não está pronto ou adequado para a realidade de mercado. Por meio de encontros, palestras e workshops, estimulamos a reflexão dos gestores sobre o tema; ao apresentarmos o modus operandi
da Geração Y, o líder começa a desenhar novas estratégias para incluir este jovem nos processos de decisão e inovação da empresa, assim como em qualquer outro processo onde o empenho, o foco em resultados e a aprendizagem sejam importantes. Os resultados costumam ser muito positivos!

Tem sido muito interessante acompanhar essas novas movimentações. Grande parte das empresas estão realmente empenhadas em difundir entre seus líderes e gestores este olhar diferente para a Geração Y. Temos exemplos de organizações que estão revendo seus valores, culturas e processos para incorporar alguns hábitos e crenças desta nova geração; revendo seu processo de recrutamento e seleção, de desenvolvimento, de
preparação para a liderança e sucessão a fim de realmente atrair e reter esses jovens.

Essas mudanças estão em curso, o que significa que ainda não é possível observar todos os resultados. Mas ao acompanhar diferentes empresas, dos mais diversos segmentos e portes, podemos dizer que as empresas estão trabalhando a favor da coexistência das diferentes gerações em um mesmo ambiente de trabalho, algo que, se soubermos aproveitar, será de grande valia para os negócios e para o desenvolvimento profissional.

Danilca Galdini (Graduada em Psicologia pela PUC –SP. Atualmente é sócia-diretora da NextView People, empresa especializada em realizar estudos e pesquisas com o objetivo de identificar tendências para o segmento de Recursos Humanos)
Fonte: HSM Online

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Na mosca

No aeroporto de Schipol, em Amsterdão , os quartos de banhos são imaculados. Os azulejos estão limpíssimos, em particular as juntas, onde normalmente se acumula sujidade. Estes quartos de banho poderiam servir para uma sala de operações de tão assépticos! Todavia, ninguém repara nisso. Porquê? Porque cada vaso sanitário tem uma mosca lá dentro e é nisso que todos reparam...

Mas um olhar mais próximo revela que não se trata de uma mosca verdadeira e sim de um desenho incrustado na cerâmica do vaso num ponto estratégico. Investigações feitas nesta área (?) provaram que os homens tentam atingir a mosca ao mijar e isso reduz em cerca de 80% os salpicos para os lados! Dá que pensar... É o que se chama pomposamente controle de processo...

Técnicas para deixar suas apresentações mais interessantes: A regra do 10/20/30

Essa regrinha acima foi criada pelo Guy Kawasaki – um cara brilhantes que já foi Chief Evangelist in Office da Apple nas décadas de 80 e 90, escreveu livros sensacionais sobre inovação, é investidor bem sucedido, além de palestrante requisitado mundialmente.

Apesar dele chamar de regra, é importante frisar que se trata apenas de uma metodologia que, na opinião dele, ajuda a vender bem um negócio ou uma ideia. Aliás, ele conta que o 10/20/30 nasceu de algo que o cansava muito. Como investidor, assistiu a centenas de apresentações de empreendedores sobre suas empresas. E, segundo ele, a maioria delas era péssima: 60 slides sobre ‘uma patente pendente’, ‘a vantagem de sair na frente’ ou ‘tudo que precisamos fazer é pegar 1% da população da China pra comprar nosso produto’.

A ideia dele é bem simples: uma apresentação deve ter 10 slides, não durar mais do que 20 minutos e conter nenhuma fonte abaixo do tamanho 30. Essa técnica, diz, é aplicável para qualquer apresentação que visa convencer alguém sobre alguma coisa.

As razões, Segundo ele, são as seguinte:

• 10 slides: O ser humano normal não consegue compreender mais de 10 conceitos em uma reunião. Ou seja, 10 slides resolvem o problema. Se a pessoa precisa de mais de 10 slides para explicar uma ideia, afirma, ela provavelmente não tem uma boa ideia. Pra ele, esses 10 slides podem ser divididos em:

1. Problema
2. Sua solução
3. Modelo de negócio (ou estratégia)
4. Tecnologia
5. Marketing e vendas
6. Concorrência
7. Equipe
8. Projeções e milestones
9. Status e cronograma
10. Resumo e call to action

• 20 minutos é tempo suficiente para 10 slides, destaca. Mesmo que você tenha uma hora para apresentar, ele lembra que você corre o risco de levar 20 minutos para fazer seu laptop funcionar com o projetor, as pessoas podem se atrasar. Agora, se tudo correr bem, você tem 40 minutos de sobra para discussão.

• Fonte de tamanho 30: A maioria da apresentações que já viu, conta Kawasaki, usa fonte tamanho 10, enche a tela de dados e o apresentador lê tudo o que está lá. No entanto, quando a platéia nota que você está lendo o texto, começa a ler antes de você, já que as pessoas conseguem ler mais rápido do que você consegue falar. O resultado é a falta de sincronia entre apresentador e público. As razões para usar fonte pequena, diz, são: primeiro, as pessoas não conhecem bem o material que vão apresentar e, segundo, pensam que quanto mais texto há, mais convincente é a apresentação – o que é uma bobagem, comenta.

Na verdade, ele usa a fonte maior como uma maneira de incentivar as pessoas a montar slides mais sintéticos, focados em uma ideia central. Isso obriga a encontrar os pontos mais salientes e a saber como explicá-los bem, diz. Agora, se você acha o tamanho 30 dogmático demais, ele sugere: descubra a idade da pessoa mais velha da platéia, divida por 2, e vai descobrir o melhor tamanho de fonte.
Fonte: http://tinyurl.com/22jkly5

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Texto brilhante de Mentor Muniz Neto

"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dóares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar...
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
"O nosso almoço tá garantido mesmo..."
Mentor Muniz Neto
Diretor de criação e sócio da Bullet

Passado, presente e futuro...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Essa sabe segurar um homem na cama

Jabor entra no twitter - “Estou nascendo hoje na internet”


Afinal, quem sou eu? Descobri que há vários jabores dando sopa na web. Uma vez, disse aqui que jamais entraria nos twitters da vida, nos orkuts do pedaço, nos facebooks das quebradas… Claro que dá pra ficar fora dessas “redes sociais”, mas sinto-me isolado como aqueles caras que se recusam a ver televisão, para defender sua “individualidade”. No entanto, que individualidade, que “eu” se manteria “puro” e protegido longe da TV ou fora da web hoje? Que “eu” sobraria? Não há um “eu” sozinho – esse sonho de pureza e originalidade acabou. O “eu” é feito de detritos de lembranças, de sonhos, de traumas, mas também é fabricado pelas coisas. A pílula fez mais pelo feminismo que mil livros de militância. A internet criou um “eu” que muda dia a dia como uma máquina que vai se modernizando, recebendo novas engrenagens. Em vez de aniversários, em breve, vamos comemorar aperfeiçoamentos: “Estou comemorando mais 8 gigabytes em minha alma!”
Aliás, acho bom que a internet acabe com as ilusões individualistas que sempre tivemos – de sermos puros e únicos. A verdade é que somos parte de um processo de mutação permanente, e não por “autoanálise”, mas pelos avanços da tecnociência. Assim como a biotecnologia cria seres híbridos, somos cada vez mais híbridos… Somos de carne, osso, chips e tocados por milhões de “outros eus” em rede. Rimbaud escreveu: “O eu é um outro.” E o grande Mario de Sá Carneiro, poeta português, melhor do que os uivos lamentosos de Fernando Pessoa, também escreveu:
“Eu não sou eu nem o outro/ sou qualquer coisa de intermédio/ pilar da ponte de tédio/ que vai de mim para o outro.” Sujeito e objeto se confundem cada vez mais. Além disso, eu também achava que a cultura humana era uma galáxia infinita de pensamentos e obras. O Google acabou com este sonho infinito. Tudo se arquiva, se ordena. O futuro, como um lugar a que chegaríamos um dia, também morreu. Só há um presente incessante, um futuro minuto a minuto, e não temos ideia de onde chegaremos, porque não há onde chegar…
Bem, amigos, todo este “showzinho” de reflexões individualistas é, na verdade, para comunicar que estou entrando no twitter. Resolvi. “Não quero mais ser eterno, quero ser moderno.” Eu, que até pouco tempo só ia até o micro-ondas (que sempre me puniu com apitinhos da porta aberta), eu, que tremo diante de um celular, mudei muito. Saibam que comprei um iPhone e que vou postar coisas no twitter, que se chamará “realjabor”. O nome será este porque já existe no twitter um cara que usa meu nome… Existe um “jabor” imaginário com, pasmem, 121.000 seguidores… Não o digo por gabar-me, mas há um jabor com milhares de amigos que não conheço. E aí me pergunto: quem sou eu? E esse cara no twitter – com 121 mil seguidores enganados – por que botou meu nome? Não é por inveja, nem tietagem… Ele parece ser um bom sujeito pelas coisas que fala por mim; não há insultos nem frases que possam me incriminar com meus “seguidores”… (se bem que ele “posta” também bobagens apócrifas que rolam na web, que me matam de vergonha). E ele? Quem será? Será que ele ama alguém? Quem lhe mandará flores se ele morrer de amores? Por que time ele torce? Como é seu rosto? Vejam meu drama: eu, que não existo, acho boa-praça um cara que não sei quem é… Por que ele não se assume? Eu estava nesta dúvida, quando se fez a luz e entendi: tanto faz ele ser ele ou ser eu. Esta terceira pessoa, meio eu, meio ele, existe no espaço virtual e assim não importa o nome, pois, como disse acima, sujeito e objeto se confundem. Ser eu ou ele é um detalhe desprezível.
Aliás, suponho que esses milhares de seguidores sejam ao menos meus amigos… E aí me ocorre a pergunta: o que é um amigo hoje? Como posso ser amigo de pessoas que nunca vi? Antes, amigos tomavam chope com a gente, davam conselhos, faziam confidências: “Pô, cara, minha mulher me traiu… que que eu faço?” Era assim. Hoje, os amigos você não vê, não toca; os amigos são algoritmos.
As redes sociais estão mudando o conceito de amizade, de amor… A pior forma de solidão talvez seja o sexo virtual, a masturbação a longa distância… Nada mais triste que o post-coitum na internet: gozos, escape e “log off” com os orgasmos se esvaindo na velocidade da luz e a realidade manchando o papel higiênico e as mãos pecadoras.
Assim aprendemos que temos de celebrar as parcialidades; só o fortuito é gozoso. Temos de parar de sofrer por uma plenitude que não chega nunca.
Aceitar a “incompletude” talvez seja a nova forma de felicidade. E isso é bom. A web nos mostra que enquanto sonharmos com a plenitude, seremos infelizes. Nunca seremos acompanhados nem totalmente amados. As redes nos trazem uma desilusão fecunda. As redes sociais unem os homens em uma grande solidão.
Outra coisa que me intriga: dizer o que nos tweets? O que é importante? Antigamente se dizia: este filme é importante, este texto é importante… Mas, hoje, para quê? As revoluções clássicas já não existem, a ideia de reunir objetos para um museu do futuro já era. Não há mais algo a ser preservado para amanhã. A importância do futuro foi substituída pelas “conexões” no presente.
A própria ideia de “profundidade” ficou estranha… O que é profundo? Hegel ou o frisson de informar a 121 mil pessoas que acordei com dor de cabeça ou que detestei A Origem?… As irrelevâncias em rede ganham uma densidade horizontal, uma superficialidade útil, ao invés de uma grandeza definitiva. Quantidade é qualidade, hoje.
Mas, é óbvio que há uma grande vitória para a democracia nas redes sociais. Há pouco, o massacre de dissidentes no Irã escapou pela internet. As redes denunciam crimes, alavancam negócios, expandem a educação política.
Por isso, resolvi nascer. Estou nascendo hoje na web. Meus primeiro gemidos de recém-nascido começam hoje. Chamo-me agora www.twitter.com/realjabor e vou competir com o outro jabor, o falso, que me criou sem me consultar.
Fonte: Publicado no Estadão e diversos outros jornais

segunda-feira, 13 de setembro de 2010