sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Pão de açúcar investe em tecnologia para eliminar carrinho e fila nas compras


Rede avaliará até o final do ano o projeto piloto para implantar a ideia em outras lojas
São Paulo 18/08/2009 — Seguindo tendência de colocar soluções tecnológicas no ponto de venda, o GPA (Grupo Pão de Açúcar) faz um projeto piloto para diminuir filas nos check outs, aproveitar a estrutura do sistema de delivery do site e fixa um patamar mínimo de tíquete médio dos clientes. Para realizar essas medidas, a varejista foca, neste momento, a classe A e introduz na loja do Shopping Iguatemi o sistema Personal Shop.
O método de compra foi desenvolvido em uma parceria do GPA, Motorola e Seal (empresa que desenvolveu o sistema). Cada cliente cadastrado no programa “Pão de Açúcar Mais” e que frequentar a loja do Shopping Iguatemi poderá pegar um aparelho para fazer compras e eliminar a utilização do carrinho.
Joaquim Dias Garcia, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar, explica que o desenvolvimento do novo leitor saiu a barato. “Temos parcerias de mais de 20 anos com as empresas. Os seis coletores saíram a custo perto de zero. Por cinco meses vamos fazer estudos para analisar a viabilidade de implantar em algumas lojas. Aí sim, teremos os custos de implantação”.
Garcia explica que cada produto está mapeado na loja. “O objetivo é se interar com o cliente. Se ele registrar um pacote de açúcar, o aparelho mostrará receita onde se usa o produto. Se o cliente quiser, basta registrar a compra dos produtos. Outra vantagem é que o aparelho mostra a localização dos produtos e aponta promoções. A receita é enviada no e-mail do cliente”.
Com o cadastro do “Cliente Mais”, o Pão de Açúcar traça também o perfil de compra de 2 milhões de cliente. “Somente o cadastrado pode usar o coletor e eliminar o uso do carrinho. Assim temos um perfil de consumo de cada um, o que pode evitar pequenos furtos e má fé das pessoas, pois de uma forma aleatória ela pode ter de fazer o check out e se os problemas de não registrar produtos persistirem ela é eliminada do programa”.
Para receber os produtos em casa é necessário comprar no mínimo R$ 70. “Desta forma rede aproveita do sistema delivery”. O custo da entrega é de R$ 7,90. O sistema Delivery foi criado em 1995 pela companhia. Hoje o programa atende a pelo menos 10 cidades. Em 14 anos de operação, o serviço já atendeu a mais de vinte e cinco milhões pedidos. A expectativa é fechar o ano com crescimento de 25% sobre 2008.
João Edson Gravata, diretor de Operações da rede Pão de Açúcar ressalta que os clientes podem levar ou não algum item que queira. “Se ele for ao cinema e quiser levar um refrigerante ele pode. Se o alimento for in natura, pode deixar no caixa etiquetado ou levar consigo. O cliente também pode fazer compras habituais e apenas entregar a máquina no check out, pagar e levar a compra”.
Segundo Chan Wook Min, presidente da The Global Association for Marketing at Retail (Popai Brasil), sistemas similares existem no exterior, principalmente na Alemanha. “O modelo acaba sendo seletivo no Brasil por dois motivos: o primeiro é uma questão de segurança. É preciso evitar roubos e haver confiança de ambas as partes para o negócio vingar. O segundo é que a tecnologia é para poucos consumidores”.
O presidente do Popai Brasil lembra de outra tecnologia que as redes de varejo querem adotar para atrair clientes: telas de LCD/ Plasma no comércio. “Uma vertente de varejistas enxergaram a tela como uma mídia; uma TV do varejo. Outros já viram uma possibilidade de informar e comunicar sobre o produto da gôndola. O primeiro modelo é questionado e vejo o segundo mais viável e deve deslanchar com maior facilidade”.
Fernando Teixeira
www.goldenlight.biz

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